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Reformada com R$ 7,5 milhões, antiga mansão terá restaurante de culinária francesa

Imóvel construído em 1937 passou por dois anos de reforma

O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço

Com R$ 7,5 milhões, uma antiga mansão de 1937 foi restaurada no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Aberto ao público, hoje o casarão faz parte do Paço Santo Inácio, empreendimento residencial da UMA Incorporadora. Nesta terça-feira (23), o local ganha novo uso: o bistrô Le Cochon Volant, restaurante especializado em culinária francesa, que será inaugurado após seis meses em obras. Neste período, a casa estava aberta para visitação e era usada para o plantão de vendas dos apartamentos.

— Ficou meio como um museu. As pessoas entram, visitam, mas não frequentam. Por isso, esse momento é tão importante. Pela complexidade, esse projeto, para nós, foi mais paixão do que razão — diz Antonio Ulrich, sócio da UMA.

— Após aprovação do Epahc (Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural), o restauro durou cerca de dois anos. Ficou pronto na pandemia. Para abrir o bistrô, sabemos que os operadores tiveram dificuldades, então demorou mais tempo. Por isso, esse momento é importante. Estamos efetivamente abrindo a casa para a comunidade — completa seu irmão, Newton Ulrich, que também é sócio da empresa.

A coluna esteve no local antes da inauguração. O restaurante terá dois ambientes: bar e salão com mesas. No total, serão 76 lugares para os clientes. As paredes contam com pinturas refeitas iguais às originais da época de quando a casa foi construída. Também se nota o restauro de itens originais trazidos da Europa, como azulejos ingleses, fechaduras belgas e mármores italianos.

Com projeto arquitetônico de Luara Mayer e Isadora Daltrozo, a gastronomia do Le Cochon Volant é assinada pelo chef Gabriel Rossi, que também administra o estabelecimento ao lado de João Miragem e Daniel Mitidiero. Rossi e Miragem também são donos do restaurante Bottega Maria e da rede de pizzarias Ciao. 

investimento apenas para o restaurante foi de R$ 2 milhões, dividido entre a incorporadora e os operadores. Além das instalações na casa, foi construída uma cozinha subterrânea. Com 35 funcionários, a operação funcionará apenas à noite durante os primeiros meses. 

Após o restauro da casa, a originalidade foi mantida, mas agora com modernidades, como aparelhos de ar-condicionado e elevador. Portas e janelas são as mesmas da década de 1930 e na decoração há móveis antigos da família de Sérgio Bica, último morador da residência. 

Os quartos foram transformados em salas de reuniões e em um memorial histórico do bairro. Onde ficava o sótão, foi instalado um coworking (espaço compartilhado de trabalho), que é administrado pela empresa Onyx Coworking e projetado pelo escritório Portela Arquitetura. 

Nos fundos, fica o prédio de 12 andares construído em 2017 pela incorporadora e finalizado em 2021. Ainda há um estacionamento subterrâneo com seis subsolos, sendo dois pisos reservados para visitantes. 

 Colaborou Guilherme Gonçalves